sábado, 15 de janeiro de 2011

Os profissionais de arquivos no Brasil.

O Prof. André Ancona Lopez apresentou um trabalho extremamente polêmico no XIV Congresso Brasileiro de Arquivologia - Santos/SP - 2010.
Primeiramente,  indentificou que "apenas aquele que têm o diploma de arquivista têm o "poder" de serem arquivistas (de acordo com a Lei) e desempenhar as atividades profissionais em bases legais." e que no entanto, "a legislação brasileira é dúbia nessa matéria." Há uma lei federal que exige o diploma para o exercício profissional, entretanto, a Classificação Brasileira de Ocupações (MTE, 2002) admite o exercício profissional de não graduados em Arquivologia, que tenham somente especialização ou pós-graduação. (relacionadas à área, subentende-se)

O professor aponta que diversos profissionais possuidores de conhecimentos e experiências, mas sem diploma em Arquivologia são fontes de saber na área e principais responsáveis pela literatura arquivística brasileira, "mas não têm o "poder de serem arquivistas."

O Prof. André defende que "o ponto crucial não deve ser determinar, em termos legais, quem "é" e tem o "poder" de "ser" arquivista, em uma perspectiva excludente, em detrimento daqueles que "estão" no exercício de atividades arquivísticas, e que têm o "saber" e a experiência profissional na àrea.

Qual a sua opinião? Os arquivistas devem abrir mão da prática da "reserva de mercado" adotada desde os primórdios pelas profissões mais bem estabelecidas no mercado (Direito, Medicina, Odontologia) e apoiar que historiadores, bibliotecários, administradores ou qualquer outro profissional que adquira, fora da graduação, os conhecimentos teórios e técnicos da área tenham os mesmos direitos no exercício da profissão?

Enquanto arquivista, eu não preciso pensar duas vezes para responder: é claro que NÃO.
Mas, aproveitando que estamos em uma turma com formações profissionais diversas: o que vocês bibliotecários, administradores....achariam de dividir o mercado de vocês?
O que interessa é ter o conhecimento? O diploma é dispensável?
Então pra que o diploma?

Temos um colega da área de Tecnologia (o Marcelo), em que o diploma de graduação na área não é um pré-requisito importante. Já discutimos também sobre o caso da Comunicação/Jornalismo, campo em que atuam profissionais com formação em qualquer área.
Será esse o melhor caminho para os arquivistas? E para o seu campo de formação e atuação?

Postem seus comentários, please, o Professor André Lopez, está acompanhando o blog e quer conhecer outras opiniões.
Quem estiver com receio de se "queimar" com o atual chefe da pós-graduação pode postar como "anônimo". Apesar de que eu não acredito que ele vá bancar o "rancoroso e vingativo"....rs. Até porque, todo mundo tem direito a opinião própria. Até ele tem direito a essa opinião, ao meu ver...bizarra!
Mas, viva a democracia e a liberdade de expressão!!! uhu!!!

Abaixo segue um resumo dos slides da apresentação em Santos:













A integra do texto se encontra em processo de publicação e, por isso, não pode ser disponibilizada aqui. Indique, nos comments abaixo, seu nome e e-mail para ser informado da url do artigo quando ele estiver, de fato, disponível ao público.

Postado por: Flávia Helena de Oliveira.

O pensamento internacional na formação e configuração da Arquivologia como disciplina no Brasil.

A Professora Angélica Alves da Cunha Marques apresentou sua pesquisa de doutorado, em dezembro passado, para os alunos da Disciplina Profissional da Informação, ressaltando os principais avanços posteriores à qualificação e tendo em vista a defesa agendada para 24 de janeiro.

A professora do curso de Arquivologia da UnB disponibilizou o resumo da pesquisa, caso algum aluno tenha  interesse em assitir a defesa.

RESUMO

Esta pesquisa tem como objeto de estudo o pensamento internacional na formação e configuração da Arquivologia como disciplina no Brasil. Aponta como questões centrais: quando e como a Arquivologia teria deixado de ser um simples conjunto de técnicas para a organização empírica de arquivos e teria sido concebida como uma disciplina, com um objeto próprio de estudo; como e em que medida a sistematização e a comunicação do pensamento arquivístico que se desenvolveu ao longo do tempo no mundo, marcadas por algumas tendências históricas, refletiram no desenvolvimento da dessa disciplina científica no País. A hipótese norteadora é a de que a formação e a configuração da Arquivologia como disciplina no cenário brasileiro são reflexos das principais tendências históricas do pensamento arquivístico internacional. Nesse sentido, tem como objetivo geral compreender como esse pensamento perpassa a trajetória da Arquivologia como disciplina científica no Brasil. Como objetivos específicos, identifica: as principais obras e autores que marcaram a sistematização e a comunicação do pensamento arquivístico internacional, ao longo do tempo; as fontes documentais quanto às relações de cooperação, em termos arquivísticos, entre o Brasil e outros países; as principais obras arquivísticas estrangeiras que circulam no País e as suas traduções brasileiras; as principais tendências históricas do pensamento arquivístico internacional que predominam na produção científica relacionada à Arquivologia no Brasil; e os grupos de pesquisa brasileiros que congregam os pesquisadores da área, identificando a sua formação. Caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, simultaneamente qualitativa e quantitativa, cujo principal instrumento de coleta de dados são as fontes documentais, mediante análise de conteúdo. O universo da pesquisa contempla as instituições, profissionais, pesquisadores, obras e pesquisas arquivísticas do Brasil, sintonizados com as práticas e teorias da Arquivologia internacional. Os procedimentos metodológicos consistem no levantamento da bibliografia nacional e internacional da área; pesquisa documental no Fundo Arquivo Nacional; levantamento das obras arquivísticas na biblioteca do Arquivo Nacional; mapeamento, na Internet e nas bibliotecas universitárias, dos autores e obras referenciados nas cem dissertações e teses com temáticas relacionadas à Arquivologia produzidas nos Programas de Pós-graduação brasileiros entre 1972 e 2006; e mapeamento dos grupos de pesquisa, com temáticas arquivísticas, no diretório de grupos do CNPq. A análise dos dados dar-se-á à luz do Método da História Cruzada, de Werner e Zimmermann, conjugado com as definições de interdisciplinaridade, multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade e transdisciplinaridade (de vários estudiosos); paradigmas, revoluções científicas e comunidade científica, de Kuhn; habitus, campo científico e capital científico, de Bourdieu; campo transcientífico, de Knorr-Cetina; campo dos acontecimentos discursivos, de Foucault; e sistema de profissões, de Abbott.

Postado por Flávia Helena de Oliveira.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Volta às Aulas e Apresentações dos Trabalhos Finais

As aulas recomeçaram em 05/01/2011 e o calendário das apresentações dos trabalhos finais ficou da seguinte forma:

12/01- Mônica e Luiz
19/01-Helda
26/01-Mara
02/02-Marcelo