O Prof. André Ancona Lopez apresentou um trabalho extremamente polêmico no XIV Congresso Brasileiro de Arquivologia - Santos/SP - 2010.
Primeiramente, indentificou que "apenas aquele que têm o diploma de arquivista têm o "poder" de serem arquivistas (de acordo com a Lei) e desempenhar as atividades profissionais em bases legais." e que no entanto, "a legislação brasileira é dúbia nessa matéria." Há uma lei federal que exige o diploma para o exercício profissional, entretanto, a Classificação Brasileira de Ocupações (MTE, 2002) admite o exercício profissional de não graduados em Arquivologia, que tenham somente especialização ou pós-graduação. (relacionadas à área, subentende-se)
O professor aponta que diversos profissionais possuidores de conhecimentos e experiências, mas sem diploma em Arquivologia são fontes de saber na área e principais responsáveis pela literatura arquivística brasileira, "mas não têm o "poder de serem arquivistas."
O Prof. André defende que "o ponto crucial não deve ser determinar, em termos legais, quem "é" e tem o "poder" de "ser" arquivista, em uma perspectiva excludente, em detrimento daqueles que "estão" no exercício de atividades arquivísticas, e que têm o "saber" e a experiência profissional na àrea.
Qual a sua opinião? Os arquivistas devem abrir mão da prática da "reserva de mercado" adotada desde os primórdios pelas profissões mais bem estabelecidas no mercado (Direito, Medicina, Odontologia) e apoiar que historiadores, bibliotecários, administradores ou qualquer outro profissional que adquira, fora da graduação, os conhecimentos teórios e técnicos da área tenham os mesmos direitos no exercício da profissão?
Enquanto arquivista, eu não preciso pensar duas vezes para responder: é claro que NÃO.
Mas, aproveitando que estamos em uma turma com formações profissionais diversas: o que vocês bibliotecários, administradores....achariam de dividir o mercado de vocês?
O que interessa é ter o conhecimento? O diploma é dispensável?
Então pra que o diploma?
Temos um colega da área de Tecnologia (o Marcelo), em que o diploma de graduação na área não é um pré-requisito importante. Já discutimos também sobre o caso da Comunicação/Jornalismo, campo em que atuam profissionais com formação em qualquer área.
Será esse o melhor caminho para os arquivistas? E para o seu campo de formação e atuação?
Postem seus comentários, please, o Professor André Lopez, está acompanhando o blog e quer conhecer outras opiniões.
Quem estiver com receio de se "queimar" com o atual chefe da pós-graduação pode postar como "anônimo". Apesar de que eu não acredito que ele vá bancar o "rancoroso e vingativo"....rs. Até porque, todo mundo tem direito a opinião própria. Até ele tem direito a essa opinião, ao meu ver...bizarra!
Mas, viva a democracia e a liberdade de expressão!!! uhu!!!
Abaixo segue um resumo dos slides da apresentação em Santos:
A integra do texto se encontra em processo de publicação e, por isso, não pode ser disponibilizada aqui. Indique, nos comments abaixo, seu nome e e-mail para ser informado da url do artigo quando ele estiver, de fato, disponível ao público.
Postado por: Flávia Helena de Oliveira.