quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O profissional da informação: o humano multifacetado (Kátia Carvalho)

Resumo do texto utilizado na aula 3. 
Elaborado por Mara Karoline.

Antecedentes:
            A biblioteca está entre os primeiros sistemas de informações, e é nela que surge o profissional da informação mais antigo, o bibliotecário, voltado para a difusão do conhecimento humano.
            No início o bibliotecário era apenas um “guarda-livros”, depois passou a ter outras atribuições reflexo de sua participação no ciclo informacional: tratamento, organização e disseminação da informação.
            As novas tecnologias têm causado impacto benéfico nas bibliotecas, e vem mudando o perfil dos bibliotecários.
O Profissional da Informação:
            Como mencionado nos antecedentes, o bibliotecário foi um dos mais antigos profissionais da informação, e seu foco que antes era o documento passou para a ser a informação.
            Estudos sobre o profissional do futuro revelam novas características e dão ênfase à presença humana na mediação da informação.
            Os profissionais que configuram tradicionalmente os profissionais da informação seriam: arquivistas, bibliotecários, museólogos, analistas de sistemas, comunicadores, e outros, mas particulariza o bibliotecário, devido ao seu histórico modelo de formação com planejamento sistêmico.
            Os profissionais que atuam na área de informação devem acompanhar as mudanças de tecnologias da informação e telecomunicações.
            No Brasil já são quase 55 mil profissionais que atuam na área de informação e existem várias denominações para caracterizar o profissional que trabalha com informação, assim surgindo a necessidade de se repensá-las para se chegar a um consenso. Estes profissionais devem trabalhar em equipes multi e interdisciplinares, assim somando-se os conhecimentos individuais.
            O mercado exige cada vez mais profissionais que utilizem o sistema de informação de forma estratégica, com um olhar multifacetado.
            Pelo fato dos profissionais da informação possuírem várias profissões caracterizadas como tal, deve-se estabelecer distinções entre os que organizam e gerenciam a informação, os pós-graduandos e os pesquisadores da área de informação.
Postado por Mara Karoline.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma profissão em evolução: profissionais da informação no Brasil sob a ótica de Abbout - proposta de estudo

Na segunda aula da disciplina, foi utilizado o texto "Uma profissão em evolução: profissionais da informação no Brasil sob a ótica de Abbout - proposta de estudo", da Prof. Dra. Suzana Pinheiro Machado Mueller.
O texto aborda o estudo das profissões, a profissionalização, a proposta de Abbout e sua visualização na realidade brasileira.

Resumo:

            O uso do termo profissional da informação reflete “a compreensão de que, na realidade atual, os serviços de informação apresentam enorme complexidadade, demandando mais que o trabalho isolado de qualquer profissão.”
            Observa-se, hoje, na literatura e no mercado de trabalho que os profissionais da informação vêm passando por modificações no seu perfil e nas suas tarefas profissionais.”

            A questão da profissionalização

            Há bastante consenso na literatura de que os atributos que podem caracterizar uma profissão são:

·         a presença de um corpo de conhecimento especializado, sistematizado e abstrato;
·         a autonomia no exercício profissional;
·         a capacidade de autoregulação
·         a existência de procedimentos de credenciamento;
·         o exercício da autoridade sobre os clientes;
·         e a publicação de um código de ética.

Alguns eventos compõem o processo de profissionalização: primeiro, as pessoas passam a se dedicar a determinado trabalho em tempo integral, em seguida surge a necessidade de treinamento formal. Inicialmente esse treinamento é fora da universidade, depois os cursos procuram obter status acadêmico. Com o passar do tempo, o nível de estudo se aprofunda e os assuntos se tornam mais complexos.
Depois de atingir certo amadurecimento, é criada uma associação profissional e a profissão publica um código de ética, visando estabelecer regras de relacionamento entre os pares, impedir a prática dos não-credenciados e proteger (reservar) o seu mercado de trabalho.

A proposta de Abbout

Dentre as abordagens teóricas para estudo das profissões, “Abbout(1998) oferece uma abordagem inovadora e interessante, que ressalta o contexto onde a produção estudada existe, o conflito entre grupos profissionais e a disputa pelo poder.
Resumidamente, na teoria de Abbout cada profissão se dedica a um conjunto de tarefas profissionais às quais está ligada pelo que chama de “laços de jurisdição”.
“Há um número limitado de jurisdições no sistema e as profissões estão sempre competindo para manter o domínio exclusivo daquelas que julgam corresponder à sua tarefa profissional.
“Domínio pressupõe controle. O domínio de uma jurisdição, no modelo de Abbout, envolve dois tipos de controle: social e cultural. O controle cultural é exercido no desempenho do trabalho profissional e legitimado pelo por um corpo de conhecimento acadêmico enraizado em valores fundamentais, aceito pela sociedade. O controle social, por outro lado, é conquistado por meio das reivindicações que a profissão faz em três arenas: opinião pública, meios legais e mercado de trabalho. Tanto o controle cultural como o social refletem a exigência de exclusividade. A característica de exclusividade está na base da teoria proposta, pois são as lutas que ela gera que explicam como as profissões se formam.”

Conhecimento Abstrato

“A existência de um corpo de conhecimento abstrato de características acadêmicas é condição que distingue profissão de ocupação. Esse corpo de conhecimento fundamenta o discurso ou retórica da profissão, orienta a formação dos futuros membros e fornece sustentação à prática.”
            “Ao mesmo tempo em que fortalece a profissão, o corpo de conhecimento abstrato é também um ponto vulnerável na sua estrutura. Na luta pela jurisdição, uma profissão desafiante pode colocar em dúvida a interpretação dada ao problema pela profissão dominante e oferecer a sua como uma melhor solução, na tentativa de convencer a sociedade de que é mais capaz de resolvê-lo(...) . Logo quanto mais coeso e lógico for o corpo de conhecimento que dá sustentação a um grupo profissional, maior a resistência dessa profissão aos ataques de rivais.”

            Os profissionais da informação no Brasil sob a ótica deAbbout

            “Tendo como referência o modelo de Abbout, propõe-se adotar o pressuposto que os profissionais da informação detém hoje o domínio do que se convencionou chamar, de maneira ampla e imprecisa, jurisdição da informação”.
            “Embora não haja consenso sobre todas as profissões que poderiam ser incluídas na designação profissionais da informação, poderíamos dizer que, no Brasil, bibliotecários, arquivistas e mestres e doutores em ciência da informação formam o núcleo desse grupo.”

QUESTIONAMENTO:

            O modelo de Abbout tem como uma de suas principais características a exigência de exclusividade no domínio das jurisdições profissionais. Segundo Mueller, podemos dizer que no Brasil, os bibliotecários, arquivistas e pós-graduados em Ciência da Informação constituem o núcleo do grupo profissional da informação.
            E quanto a forte atuação de profissionais da História, da Comunicação, da Administração e das Tecnologias da Informação, entre outros, no mercado teoricamente dominado pelo núcleo citado?
            Como fica a exclusividade de mercado e atuação para os reconhecidos como profissionais da informação? Será que eles estão tendo os seus domínios invadidos? Ou será que estão dividindo um espaço na disputa de por novos domínios?

Post de Flávia Helena de Oliveira

Quem é o profissional da informação?

Esse blog tem o objetivo de se constituir como um produto resultante das atividades desenvolvidas na disciplina "Profissional da Informação", ministrada pela Prof. Dra. Sofia Galvão Baptista no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade de Brasília.
Inicialmente foi proposto à turma que somente postasse comentários no blog. No entanto, durante a elaboração do blog percebi que a atuação da turma pode ser maior.
Sugiro que a turma também elabore os posts. Uma vez que todos estão lendo os textos e elaborando as respectivas resenhas.
Na primeira aula foi discutido o texto "Quem é o profissional da informação?" (TARGINO, 2001).
Todos os  textos que não estão disponíveis na net serão digitalizados e colocados no 4share com o link aqui.
O link da TARGINO é: http://www.4shared.com/document/8DjDc7KQ/TARGINO_2000.html
E os posts vocês me encaminham por e-mail que eu insiro no blog.
Fiz um resumo sobre o texto do Abbout, utilizado na segunda aula e deixei uma questão para que a turma comente.
A Mara vai elaborar o post sobre o texto da terceira aula, Carvalho, 2002.
Para quem quiser adiantar a leitura, este está disponível em: http://www8.fgv.br/bibliodata/geral/docs/PIM.pdf
O post sobre o texto da Targino vai ficar sobre a responsabilidade da Mônica.
Veremos em aula, com a Prof. Sofia, quais serão os próximos textos e como será feito o "sorteio" dos respectivos posts.

Obrigada e sejam bem vindos.

Flávia Helena de Oliveira
(Doutoranda em Ciência da Informação e aluna de Estágio em Docência II)